O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»
(…)
Fernando Pessoa in Mensagem
4 comentários:
O mostrengo hoje sente-se no ar... está tanto frio...
Beijinho, Oris
É um poema fantástico... épico... que nos faz estremecer!
Claro que conheço bem o poema.
Mas o azulejo (que nunca tinha visto)
é um óptimo acompanhante
para a beleza do poema.
Bom Ano de 2010 para si.
Bem haja!
engraçado, fotografei este azulejo neste fim de semana.
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